CRIME IMPROVÁVEL

PROMOÇÃO: FURTE O LIVRO

Encerrada dia 28/02/2011 - 20h

(11) pessoas encontraram o livro.

Os (5) ganhadores são:

Antonio Neto - Belo Horizonte/MG
Ricardo Magno de Oliveira - Itaguai/RJ
Katia Sirlene - Belo Horizonte/MG
Charles F. Luna - Itaguai/RJ
Karoline Nogueira da Silva - Curitiba/PR

(Sorteio realizado pelo RANDOM.ORG)

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marcado pela seta vermelha.

Para quem não ganhou o livro,
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Obrigado por participar!



     Então, ainda ali no carro parado, na magnífica noite em que fui beijado por Diana e não abusei dela como Aldovandri, ganhei um presente, outro presente. Ela enfiou a mão na sacola escolar e trouxe de lá Stendhal, homenzinho gorducho que também amo. Uma biografia em francês de Stendhal, ou Henri Beyle, ou Henri-Marie Beyle, de pequeno formato e não muitas páginas escritas, mas bem ilustrada, com fotos e desenhos da Paris da época, dele mesmo e de contemporâneos, Balzac especialmente, Napoleão inicialmente.
Livraria      Folheando O vermelho e o negro, eu lhe havia contado, no aposento de livros a que chamo biblioteca e que nos aproximou em algumas manhãs lítero-suspirosas (meus suspiros contidos), o episódio das conversas rurais a céu aberto em que Julien se apossa da mão de sua patroa no escuro da noite recente. Li isso na primeiríssima mocidade interiorana e então, além do delicioso embalo erótico da cena, me parecia que, conquistada a mão, Julien não teria deixado de chegar à região da sublime Madame de Rênal em que residia um orgasmo à espera do toque de dedo.

     Não partilhei tais intimidades com Diana ali – bem entendido, as intimidades de lhe falar das minhas suposições inspiradas por Stendhal e muito menos, oh! muito menos, de alcançar a região respectiva de minha amiga.
Livraria      – Mas é Stendhal – comentei, entusiasmado sem dúvida e também empenhado em expressar o entusiasmo. – Meu Stendhal! Você se lembrou de mim!

     – E me lembrei de mim – ela disse, com uma exaltação de criança "impossível".

     Isso dizendo, enfiou outra vez a mão na sacola e trouxe Florbela Espanca, a que tanto sofreu por amor. Era uma fotobiografia, ou seja, um livro magro de grande formato repleto de fotos da poetisa (perdão, do poeta, pois as que o são fazem questão de dispensar gênero na arte). De Florbela, que, o livro conta, recusou desfazer-se do Espanca de batismo em favor de uma pretensa delicadeza, recusa com que Diana e eu concordamos veementes.
Livraria      – Mas é Florbela! – exclamei. – Sua querida Florbela e meu querido Stendhal. Obrigado! – e beijei-a no rosto com paixão stendhaliana ansioso da retribuição florbeliana, que teria acontecido se ela não estivesse invadida pela euforia.

     – Eu roubei, eu roubei, Fi! – gritou, rindo, e também nisso era diferente daqueles horrendos ladrões da República que, sérios, jamais confessam.



(Trecho do livro CRIME IMPROVÁVEL,
de Luiz Carlos Cardoso.
Lançamento da Ficções Editora)
Ficções
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Serão sorteados (5) exemplares do
CRIME IMPROVÁVEL

entre aqueles que encontrarem o livro.

Importante! Trata-se de uma promoção de divulgação do livro CRIME IMPROVÁVEL, inspirada num trecho do romance (reproduzido aqui). O lançamento do livro será dia 22/02/2011, na Livraria Cultura Paulista, às 18h30. O sorteio será realizado no dia 28 de fevereiro. Só podem participar pessoas residentes no Brasil.