O ALUNO POEMA DESCONTÍNUO I A mão descobre volumes incompletos. No vidro encerrada a violeta não tem perfume. Ai, carne e sentimento se acreditais em futil guarda-chuva para o vosso medo! Há uma goteira sôbre minha poltrona. II Teu vestido branco bailando na chuva, era suave pluma para os meus sentidos. Mas a lei e o trilho levaram a dança e um cigarro triste me brotou dos dedos. Agora sem crença, procuro no ar, no jardim inutil, qualquer borboleta que da chuva esconda suas asas... III O limite do corpo. Depois, o limite dos outros. A porta disfarça órbitas vasias e rosas que nascem de gravatas rotas. O copo na mesa, o álcool no corpo, adolescentes ouvem a angústia do blue. Lá fora, entretanto, mórbidos despojos lembram vagamente um tempo guerreiro. Mas o adolescente está tomando gin... Somente o lixeiro na fria da madrugada sem espanto colhe com seu instrumento, as rosas e a música que boiam no vómito dos adolescentes. IV Quem bate na porta? Corvo de verdade, quinta sinfonia ou apenas vento? |